sábado, 11 de fevereiro de 2017

MÊS #1

E lá vamos nós para mais uma aventura internacional. Enquanto a maioria dos universitários estão correndo para formar, eu vou no sentido contrário, aproveitando todas as oportunidades que a universidade me oferece. Lá se vão 8 anos de muitas batalhas de sobrevivência, mudança de curso, intercâmbios, mas também de muito aprendizado e crescimento pessoal.

Como na primeira experiência no exterior, quando fui estudar nos Estado Unidos pelo Ciência Sem Fronteiras, a minha ficha só caiu quando estava sentado no aeroporto admirando o visto colado no meu passaporte. Ainda no Galeão, encontrei com Gustavo, amigo de curso de Viçosa, e embarcamos sem qualquer transtorno para Amsterdam. Na mala tem farinha de mandioca, cachaça, goiabada e três quilos de polvilho para pão de queijo, espero que não pensem que é cocaína.

Ao entrar no avião, já pude perceber a heterogeneidade cultural que estava para experienciar. Sentei ao lado de um casal de velhinhos escoceses, com os quais tive uma boa conversa durante o voo de 11 horas. Eles estavam voltando de 1 mês de férias na America do Sul, e como de praxe, fiz aquele interrogatório sobre as impressões que tiveram do Brasil. Como esperava, os pontos positivos se sobressaíram sobre os conhecidos defeitinhos de nossa cultura. A cordialidade e simpatia do casal me deixou muito animado para o início dessa nova experiência no exterior. 

Depois de chegar em Amsterdam, pegamos um trem direto para Breda, uma cidade com 180 mil habitantes, duas grandes universidades, arquitetura antiga, e trocentos quilômetros de ciclovias. Encontramos com Jennifer na estação de trem. Jennifer é uma estudante Holandesa da AVANS que fez o caminho inverso ao meu, foi morar em Viçosa no semestre passado para estagiar na UFV, aonde nos conhecemos e tornamos amigos. Depois dos abraços de boas-vindas, seguimos em direção à minha casa. Fui muito bem acolhido pela minha mãe holandesa, assim que chamo Addie para minha família e amigos.

Estava um pouco receoso por ter escolhido uma casa de família para morar, mas logo percebi que foi a melhor escolha que pude fazer. De fato, me sinto como se estivesse em minha casa no Brasil. O espaço é muito aconchegante e harmonioso, típico de casas holandesas. A cozinha é muito bem equipada, o que me facilita praticar meu hobby de cozinheiro. Quando eu tenho um tempo livre, cozinho para Addie, e vice-versa nos tempos livres dela. Vou para as festas com a minha irmã Sarah, filha de Addie, e seus amigos, que também já os considero como tal. 

Na quinta-feira, segundo dia na Holanda, o grupo de estagiários brasileiros foi visitar a Universidade de Ciências Aplicadas AVANS. Realizaremos nosso estágio no Centro de Expertise em Biobased Economy da instituição, sede do Living Lab Biobased Brazil. É importante ressaltar que o Living Lab Biobased Brazil é um grupo Triple-Helix que promove a internacionalização das instituições de ensino superior no Brasil - especialmente em Minas Gerais - e na Holanda, em universidades de ciências aplicadas, e uma de suas principais atividades é o intercâmbio para estudos, pesquisa e estágios para holandeses e brasileiros.

Acompanhe o blog nas próximas semanas, tem muita história do Carnaval Holandês vindo por ai...

O primeiro moinho de vento no caminho para Breda.


No primeiro fim de semana fomos recebidos com neve em Breda.

Erik e os  novos estagiários. Da esquerda para direita: Eu, Fernanda, Gustavo, Erik e Lukas.
Um dos canais da cidade.

Tem galo solto no parque!

Pira no preço do vinho.
AVANS University of Applied Sciences - Breda