quarta-feira, 13 de setembro de 2017

THE LAST PERCEPTIONS

Day after day, I understand better how worth was the experience in the Netherlands. In February 2017, I left Brazil to an internship at AVANS, Breda. During the time abroad, a mix of positives and negatives moments and experiences made me evolve and recognize this personal change back in Brazil. I can mention relevant gains in three different aspects - personal, professional and cultural.

Certainly talking about our personal gains would be the most difficult part. However, I lived for five months among the Dutches, so I learned to be fair, direct and self-confident like them, keeping my Brazilian features as well. In fact, I am usually quite shy on formal situations, but when I was hit by the Dutch direct way, I also have to leave some parental lessons beside and impose my opinion like the natives do. If I act like that in Brazil, for sure I would lose a bunch of friends. We are indirect, sentimental and heart-broken “level soap opera”.

In the Engineering field I could be valuable, provide good results to the research group and the partner company involved on the project. Heading to the end of my bachelor in Brazil, thoughts like “what am I doing in here?” or “what can I add to the world?” commonly pass through my mind. However, by presenting my project and arguing with professors in the Center of Expertise Biobased Economy I could realize I was capable to deliver good results and ideas even in a dynamic and developed workplace like that. Moreover, because of my work in the project, we could bring the following steps to be developed in my Brazilian University. Everybody should keep in mind - Believe in your potential!

I always had the curiosity to live in Europe. I have already studied in the United States, and Europe was the other big reference to my country. In the same way of the Plato cave myth, when someone stays restrict to a country not well internationalized like Brazil, this person goes against the own mind/thought to fit her life on the “cave” perspective. Pushing ourselves to an experience abroad allow us to interact with people from different cultures, having wider understanding of Brazil and world. Moreover, it is possible changing some personal behaviors by facing and understanding other realities. As soon as we face cultural differences, we respect and learn from each other. That is a step closer to be a global citizen.

Therefore, I strongly recommend and encourage my friends at the University to go for a period abroad, either Living Lab Biobased Brazil or other oversea opportunity. The feeling of being out of your comfort zone in other country is a powerful tool to create better civilians, engineers and global citizens.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

MÊS #3

O Blog desse mês vai ser destinado a um tópico muito relevante, EDUCAÇÃO. Inspirado no sistema de educação holandês, como uma forte base técnica aplicada poderia destacar ainda mais o nosso ensino superior público brasileiro. Ao mesmo tempo que considerações devem ser feitas, visto que o modelo adaptado à realidade brasileira. Além disso, compartilho com vocês algumas percepções culturais que marcaram minha estada na Holanda até o momento.

Faço parte do Living Lab Biobased Brazil, uma cooperação Brasil - Holanda, entre instituições brasileiras e holandesas, e intercâmbio de acadêmicos em mão dupla, holandeses para o Brasil e brasileiros para Holanda. Os projetos que nós desenvolvemos tem a finalidade substituir gradativamente a matriz do petróleo para uma baseada em biomassa, solucionando demandas de indústrias locais ao mesmo tempo que tem financiamento governamental para gerar ciência e difundi-la em benefícios à sociedade. Olha que mundo perfeito! :D

Mas o mundo não é feito apenas de coisas perfeitas. Uma das minhas motivações em vir estudar na Europa foi ter a oportunidade de aprender um pouco mais sobre como o Velho Mundo se desenvolveu. Todos aqueles conteúdos que estudamos nas aulas de história no Brasil está diariamente se encaixando com o que vejo aqui no presente ou escuto as pessoas falarem do passado. No entanto, vejo o jovem holandês de um modo geral não muito interessado por esse tipo de conteúdo. Pessoalmente, parece que os grandes erros/vergonhas do passado já foram resolvidos pelos mais velhos, e agora todos estão com a cabeça voltada para o futuro. Ao olhar para o meu país, vejo medidas políticas tentando "apagar a memória" da população mais jovem para que essa geração não tenha conhecimento dos problemas históricos, logo incapazes de consertar os erros históricos do Brasil para também movermos para o futuro. Isso é simplesmente ASSUSTADOR.

Para finalizar com um feedback "sanduíche", o uso de projetos aplicados na grade do ensino superior holandês faz o olho de qualquer universitário brilhar. De certa forma, tenho visto que a teoria está sendo bem passada lá na UFV ao perceber que impressionamos os professores com nosso background teórico. No entanto, fazer uma aula pratica só para extrais dados que vem sendo repetidos por anos não ajuda a mudar o mundo, além de ser entediante. Vamos seguir o exemplo holandês, aprimorar um produto/processo existente ou resolver um problema da indústria ou da sociedade. Vamos ajudar a melhorar o país ao mesmo tempo que nos desenvolvemos como profissionais. O Brasil tem problema demais fora dos muros da universidade para continuarmos com P1, P2 e P3, e práticas tipo "receitas de Ana Maria Braga" que a coitada da Maria que faz tudo.

Jogo-da-velha espacial 

Casal Mexico-Holanda donos da barraquinha mais legal da feira
Esse simulador é mais legal que o The Sims







terça-feira, 14 de março de 2017

MÊS #2

Começo a me familiarizar com a minha casa, Universidade e com Breda. 

Na Universidade, tive a primeira reunião com meu orientador, um professor holandês muito entusiasta e flexível, o que me dá muita autonomia para desenvolver meu projeto. Estou simulando um processo de melhoria da qualidade de óleo residual de fritura, seguido pela produção de biodiesel usando catalizador heterogêneo, o qual foi desenvolvido por pesquisadores do Living Lab no Brasil. O diferencial do projeto é o uso de matéria-prima de baixo custo e de catalizadores sólidos reutilizáveis, o que diminui custos com reagentes químicos. Quem me conhece sabe que esse tipo de projeto ativa o meu "záz", me fazendo dedicar profundamente ao trabalho. Por fim, o grupo de estagiários brasileiros foi muito bem recebido por todo o time de professores, estudantes e funcionários do Centro de Expertise em Biobased Economy da Avans.

Fora do horário de trabalho, eu estou em função de me familiarizar com Breda, minha cidade nos próximos 5 meses. Minha bike é a minha fiel companheira. De fato, não poderia ser diferente em uma cidade com mais bicicletas do que carros e tantos quilômetros de ciclovia quanto de rodovia. Na primeira semana na Holanda ganhei a bike do amigo Guido. Em 2016, Guido foi fazer um estágio na UFV, onde nos tornamos amigos. É muito interessante como as experiências e a rede de contato se conectam e reconectam com o tempo. Acolhi e ajudei um punhado de holandeses no Brasil, antes mesmo de saber que viria para cá. Aqui estou eu agora, no lado oposto, sendo acolhido e recebendo ajuda de meus amigos.

No processo de desbravar a cidade, as idas ao supermercado merecem um parágrafo à parte. Ficava completamente perdido com os nomes e produtos holandeses, sempre com o tradutor do celular ligado para não comprar "gato por lebre". Mesmo assim não escapei, levei um iogurte azedo e ralo ao invés do leite comum. Ao jogar no meu café, percebi a mancada que tinha cometido. Levei sabonete líquido no lugar de hidratante. Onde já se viu dar nome de creme de banho para sabonete líquido? e com a palavra CREME EM CAPSLOCK!!! (rs)... Além disso, eles vendem arroz grudento em uma caixa que tem uma foto de um prato de arroz soltinho. Isso é tão grave quanto colocar papelão na carne (rs). Vou poupar o leitor de algumas outras mancadas que cometi, mas todas elas também fazem parte do processo de descobrir uma cultura diferente, e elas viram histórias para contar no futuro.

No fim da semana #2 começa o famoso Carnaval de Breda. Pessoas fantasiadas nas ruas e bares, carros alegóricos e festa por toda a cidade. No primeiro dia sai com os amigos de minha irmã holandesa, Sarah, filha de Addie. Depois de um jantar em nossa casa, passamos em um "esquenta" na casa amigos antes de ir para as festas no centro da cidade. Eu tenho que admitir que adorei o carnaval de Breda. No entanto, foi um tanto complicado pular e dançar com o resto da galera sem entender uma palavra das marchinhas de carnaval. Para ajudar, os amigos me ensinaram um par de coreografia e algumas frases das músicas mais famosas, por exemplo Joost is anders geaard♫, a versão holandesa de "Olha a cabeleira do Zezé". Foram 4 dias de festa e bons momentos que vão ficar na memória.











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sábado, 11 de fevereiro de 2017

MÊS #1

E lá vamos nós para mais uma aventura internacional. Enquanto a maioria dos universitários estão correndo para formar, eu vou no sentido contrário, aproveitando todas as oportunidades que a universidade me oferece. Lá se vão 8 anos de muitas batalhas de sobrevivência, mudança de curso, intercâmbios, mas também de muito aprendizado e crescimento pessoal.

Como na primeira experiência no exterior, quando fui estudar nos Estado Unidos pelo Ciência Sem Fronteiras, a minha ficha só caiu quando estava sentado no aeroporto admirando o visto colado no meu passaporte. Ainda no Galeão, encontrei com Gustavo, amigo de curso de Viçosa, e embarcamos sem qualquer transtorno para Amsterdam. Na mala tem farinha de mandioca, cachaça, goiabada e três quilos de polvilho para pão de queijo, espero que não pensem que é cocaína.

Ao entrar no avião, já pude perceber a heterogeneidade cultural que estava para experienciar. Sentei ao lado de um casal de velhinhos escoceses, com os quais tive uma boa conversa durante o voo de 11 horas. Eles estavam voltando de 1 mês de férias na America do Sul, e como de praxe, fiz aquele interrogatório sobre as impressões que tiveram do Brasil. Como esperava, os pontos positivos se sobressaíram sobre os conhecidos defeitinhos de nossa cultura. A cordialidade e simpatia do casal me deixou muito animado para o início dessa nova experiência no exterior. 

Depois de chegar em Amsterdam, pegamos um trem direto para Breda, uma cidade com 180 mil habitantes, duas grandes universidades, arquitetura antiga, e trocentos quilômetros de ciclovias. Encontramos com Jennifer na estação de trem. Jennifer é uma estudante Holandesa da AVANS que fez o caminho inverso ao meu, foi morar em Viçosa no semestre passado para estagiar na UFV, aonde nos conhecemos e tornamos amigos. Depois dos abraços de boas-vindas, seguimos em direção à minha casa. Fui muito bem acolhido pela minha mãe holandesa, assim que chamo Addie para minha família e amigos.

Estava um pouco receoso por ter escolhido uma casa de família para morar, mas logo percebi que foi a melhor escolha que pude fazer. De fato, me sinto como se estivesse em minha casa no Brasil. O espaço é muito aconchegante e harmonioso, típico de casas holandesas. A cozinha é muito bem equipada, o que me facilita praticar meu hobby de cozinheiro. Quando eu tenho um tempo livre, cozinho para Addie, e vice-versa nos tempos livres dela. Vou para as festas com a minha irmã Sarah, filha de Addie, e seus amigos, que também já os considero como tal. 

Na quinta-feira, segundo dia na Holanda, o grupo de estagiários brasileiros foi visitar a Universidade de Ciências Aplicadas AVANS. Realizaremos nosso estágio no Centro de Expertise em Biobased Economy da instituição, sede do Living Lab Biobased Brazil. É importante ressaltar que o Living Lab Biobased Brazil é um grupo Triple-Helix que promove a internacionalização das instituições de ensino superior no Brasil - especialmente em Minas Gerais - e na Holanda, em universidades de ciências aplicadas, e uma de suas principais atividades é o intercâmbio para estudos, pesquisa e estágios para holandeses e brasileiros.

Acompanhe o blog nas próximas semanas, tem muita história do Carnaval Holandês vindo por ai...

O primeiro moinho de vento no caminho para Breda.


No primeiro fim de semana fomos recebidos com neve em Breda.

Erik e os  novos estagiários. Da esquerda para direita: Eu, Fernanda, Gustavo, Erik e Lukas.
Um dos canais da cidade.

Tem galo solto no parque!

Pira no preço do vinho.
AVANS University of Applied Sciences - Breda